Friday, May 11, 2007

A questão do tabaco

E o Miguel Sousa Tavares volta à ribalta pela causa dos fumadores.
Estava Miguel Sousa Tavares na TVI a comentar a nova Lei do Tabaco quando da sua boca saltou esta pérola: o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio.

Eu até gosto dele, até tenho consideração pela sua escrita, pelo diálogo, pela genialidade dos discursos mas...
  1. Acho que ninguém gosta de estar num local onde cheira mal e o tabaco cheira mal (talvez menos para quem esteja habituado mas o mesmo se aplica a quem seja porqueiro e esteja habituado ao cheiro dos porcos)
  2. Que bem que sabe estar de banhinho tomado e bem cheiroso e levar com o fuminho harmonioso do cigarro e ficar assim a cheirar todo o dia
  3. Os fumadores têm direito a fumar mas a liberdade de um começa onde a liberdade de outro acaba e para não haver uma guerra civil, gerimos com bom senso. O bom senso dita que não devemos "incomodar" ou "prejudicar" os outros, em modos de boa educação. O fumo, o cheiro incomodam e bastante.
  4. Pela questão da saúde - nunca fumei e durante um tempo estava com uma tosse que não despegava. Fui à médica e ela pergunta-me, "quantos maços fuma por dia?". Acho que por aqui dá para dizer qualquer coisa.

E com certeza que há mais razões para os fumadores começarem a ter respeito por aqueles que se querem manter longe do nefasto inevitável. Por isso, se um fumador luta pelo seu direito de fumar onde quiser, porque não pode um limpa-chaminés andar de transportes públicos durante o dia? Ou porque não pode um aluno de química lançar continuamente bombinhas de mau cheiro? Prejudicar, prejudicam mas, porque é que uns têm que se resignar aos ditames da sociedade e outros fazem voz activa do seu egoismo?

Ler o Artigo no DN...
P.s.: continuo a gostar muito dos meus amigos que fumam, tanto porque têm consideração por aqueles que não fumam.

1 comment:

S.M. said...

Subscrevo em absoluto! Quanto ao referido senhor, reconheço-lhe alguma qualidade literária, mas como ser humano é pouco menos que execrável... Pena que a mãe lhe não tenha cortado o pio..ou será que o fez e nós agora é que pagamos? Beijinhos sem fumo para ti :)