Friday, May 18, 2007

Parabéns ao meu pópó

O meu popolito faz hoje 100000km, está de parabéns! Claro que parece uma frugalidade mas bom, é um companheiro que me leva todos os dias para onde tenho de ir. No fim-de-semana vai ganhar uma lavagem!

O som de uma mão a bater as palmas

Há um koan zen que diz:
Qual é o som de uma mão a bater as palmas?

sabem qual é? vale a pena meditar...

Thursday, May 17, 2007

Dia do museu

E porque dia 18 de Maio é dia do Museu vale a pena ir à Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves. Quem já passou perto da Maternidade Alfredo da costa deve ter reparado numa belíssima vivenda "fin de siécle". Aí encontra-se a casa, feita museu. Respira-se ainda o ambiente de gosto cuidado de quem perservou e suportou a pintura contemporânea portuguesa. Além dos quadros há, também, Porcelanas, Escultura, Mobiliário. Vale a pena ver, é um museu quase sempre vazio e com um valor imenso do que foi feito no portugal artístico dos dois últimos séculos. É de destacar Veloso Salgado, Malhoa e Columbano, para quem gosta. Mais aqui...

Os avanços do passado e do futuro

...
Ver melhor o corpo.
A imagiologia médica permitiu aos médicos identificar, por exemplo, nódulos que não julgaríamos existir até ter sintomas. A par com a ressonância magnética e a tomografia axial computadorizada, o método PET deu ao combate ao cancro uma poderosa arma: apanhar em flagrante as células cancerígenas que possam existir no corpo humano.
A noticia completa aqui (página 20, secção "mundo")
Parabéns, jovens cientistas à frente!

Outras coisas boas da vida

Acordar às 5 da manhã e o sol raiar pelas janelas. O canto dos pardais, o silêncio dos homens e o cheiro de primavera. Despertar com um bom pensamento e ter desejo de cumprir o dia.

Wednesday, May 16, 2007

Agostinho da Silva

Agostinho da Silva, perdão, Mestre e professor Agostinho da Silva. Ainda andava eu de fraldas, no que toca aos interesses de uma cultura cultivada, e deparo-me com um senhor... um Senhor. Falava de uma forma estranha, arcaica, com um sotaque marcado, de gestos que desenhavam no ar a sabedoria que tinha. Nunca lhe vi um traço de soberba mas todo um ser que soube ser.
Comecei a compreender o que era o sebastianismo, o quinto império, comecei a compreender o que era Portugal e o que era ser português, por um homem que era tudo isso. Passados anos, com a semente germinada e mais um dinheiro no bolso, agarrei o "Diário de Alcestes" e por esses anos fora fui adquirindo a sua obra. Com todo esse conhecimento, que há que reavivar, fui crescendo como pessoa. Há sementes tão fortes que até no mais duro solo germinam. De resto, fica um grande obrigado a alguém que é digno de honras e memória.

“Crente é pouco, sê-te Deus
e para o nada que é tudo
inventa caminhos teus”
Agostinho da Silva, Uns Poemas de Agostinho

Das flores

Se as palavras se repetem é porque não estamos a ouvir a necessidade de falar. Falar o quê? Dar o quê? Partilhar o quê?
Se num momento temos um rasgo de lucidez, não quer dizer que estamos sempre lúcidos. A beleza de uma flôr só é apreciada quando nos permitimos a isso, quando tudo o que somos partilha desse mesmo objectivo e nada mais, de interior, interfere. O que nos parece sem sentido é porque tem todo o sentido, apenas ainda não o descobrimos ;)

Georges Braque

Hoje há Georges Braque. Fauve, cubista, "criador" da Collage, da geometria à paisagem, terminou com a simplicidade das formas, como este "l'oiseau bleu et gris" que completou em 1962, um ano antes da sua morte. Este período da sua obra, dos pássaros, creio-o como uma forma bela de ver a liberdade e o ensejo por tal. As formas são simples, as texturas, complexas, no detalhe de um pincel largo que se arrasta na tela. Em casa tenho um, que gosto tanto que nem sei onde colocar. Lá está a complexidade que dou às coisas simples :)

Tuesday, May 15, 2007

Coisas boas da vida

Disse Mark Twain que, a diferença entra a verdade e a ficção, é que a ficção faz mais sentido. O processo de criar exige criatividade e não há maior exponênciador de criatividade que a paixão e amor que damos às coisas. Mas, para criar é também preciso observar a criação. Se olhar uma folha como sendo apenas uma folha, será uma folha que verei mas, se alongar o meu olhar e abrir o coração ao que vejo, verei uma folha e todo um universo. A explicação das grandes coisas tem o começo na simplicidade da observação. Se pensar antes de agir, o meu pensamento afectará a acção mas se agir antes de pensar, virei a pensar segundo aquilo que ajo. Assim, há que observar todas as criações inconscientes, fruto apenas da acção e corrigi-las segundo um melhor pensamento e emoção.

Parte Segunda

Sentado, enquanto o jornal despertava, de costas voltado. Tocava uma recordação de infindo espaço, apertando-me forte no seu laço. Estrangulava a palavra que, muda, se precipitava no roxear dos lábios que tinham ainda a tão breve e doce memória. Doce era o engano que se escapava entre cada fôlego mais esparço de ar. Nem um só esforço fazia para contrariar a contracção que, faria toda a vida andar para trás até ao momento em que cumprimentara o mundo com choro. Assim começar de novo. Sentado, de jornal desperto, de olhar para a janela.

Monday, May 14, 2007

Frost on me

Robert Frost, poeta, americano, um homem rural que com a visão simples explicou a complexidade humana.
"Two roads diverged in a wood, and I -- I took the one less traveled by, And that has made all the difference."
E o caminho menos usado é o caminho "de la solitudene", assim é porque fará mais sentido onde tudo o resto perdeu direcção. Sem as estrelas não nos podemos guiar e na noite escura do espirito, tal como São João da Cruz, apenas se encontra o caminho, caminhando. As pedras estão debaixo dos nosso pés, dos nossos, não dos outros; o frio é o nosso, não o do outros; o deserto é o nosso, não o dos outros mas, quando os primeiros raios da manhã chegam, somo nós quem os vemos, não os outros.
O poema completo....

o insustentável pesar do ser

Somos halterofilistas de pesos metafísicos, sem dúvidas. Constantemente colocamos na balança o que somos, contrapondo com o que gostariamos de ser. Colocamos, também, o que temos, com o que queremos. E o que de nós fica? O espaço de céu que de um vai ao outro; o tempo que de um sonho vai à realidade e as decepções que nos ficam pelo caminho.Do passado apenas se pode reviver, do presente viver e para o futuro, tudo temos a fazer. Por isso, se algo me pesa é por me dar a ares de o querer pesar... assim, se torna o pesado em leve e o insustentável em sustentável.


Dekalog

Era miúdo quando vi o primeiro filme, da série de 10, de Dekalog. Volto a ser miúdo, porque há coisas que têm que ser vistas com outros olhos, e revejo esta fabulosa produção. Baseado nos dez mandamentos da biblia, esta série Polaca, de curtas metragens, é uma daquelas flores que se ergueu individual, acima do colectivismo que grassava no leste. A direcção de Krzysztof Kieślowski é brilhante, feita de tons melancólicos, de olhares, de indivíduos.
Neste primeiro filme, trata-se do "Não adorarás outro Deus". A história desenrola-se à volta de um professor universitário e do seu filho, a quem ensinou que o uso da razão e do método cientifico, está acima de qualquer fé.

Lucien Freud

Um pintor de vidas, de entradas íntimas. Essencialmente um pintor de pessoas, amigos. Tem um estilo, que é o próprio, que aprendeu à custa do erro e sucesso, da experimentação, principalmente do contacto com a tinta e pincéis. Lucien Freud disse sobre a sua pintura:
'I paint people not because of what they are like, not exactly in spite of
what they are like, but how they happen to be'.