Tuesday, May 08, 2007

A marcha

Foram marchar pela liberalização das drogas leves.
Tinha quinze anos quando, pela primeira vez, tomei contacto com a realidade das drogas leves. Nunca experimentei, nem nunca tive qualquer interesse em experimentar, aliás, como praticava yoga na altura, até costumava dizer que atingia os mesmo "efeitos" com meditação (o que não deixa de ser verdade).
Vi muito boa gente ficar para trás, vi casos graves e bastante graves e nem por um só momento achei e continuo a achar que tem o mesmo grau de risco de um cafe ou de um cigarro. E o que ainda me lixa hoje em dia é que a pessoa que andava a estimular o consumo apesar de ter perdido toda a inteligência, ainda guardava um pouco para não passar da marijuana, caso que não aconteceu com os outros influenciados que conheci.
Liberalizar para quê? Razões médicas? Com certeza, mas creio que não é preciso fumar e tal deve ser feito por entidades competentes, reguladas e não por um qualquer manhoso no seu vão de escada.
O que está por detrás do cultivo da Cannabis?
A exploração e, por vezes, coacção dos povos pobres, que ganham mais a plantar cannabis, ópio, etc, que a plantar milho ou trigo.
Quem patrocina isso?
Quem consome. A riqueza de uns é a pobreza de outros.
Pelo menos um caso que conheço bem, agradeceria por nunca ter experimentado.

Mais sobre os efeitos das "drogas leves"

2 comments:

SC said...

Eu penso que o facto de ser proibido é que faz com que os "dealers" ganhem muito. Se fosse liberalizado não havia razão para o tráfico e o preço baixava, a qualidade era controlada e a tentação do fruto proibido diminuía.

Não é quem consome que explora os povos pobres mas quem tem muito lucro com a desgraça alheia: os intermediários.

Brisa said...

... se isso for como a produção artificial das pérolas e dos diamantes: não se distinguem dos originais, mas mantém-se o mesmo preço para dar "charme"... Mais do que liberar as drogas leves, é importante partilharmos mais amor, para que a droga deixe de ser um refúgio ou uma prova de força.