Wednesday, April 11, 2007

Eugénio de Andrade

Faz dois anos que se ficou pelo silêncio das palavras, que do seu rosto lemos apenas a obra. Há quem diga que foi o maior poeta português contemporâneo, isso fica ao gosto de cada um...

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

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