Num deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua,
por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é mais profunda que a tua!
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Sobre a saudade tudo se diz e mais se sente, da etimologia latina (solitate) solidão, tiramos que da saudade nada vem de bom (por isso a matamos). É uma ausência que fica, uma memória que reside no coração, um espinho cravado que lança o seu veneno, enquinando pensamentos, sentimentos, vontades. A saudade canta-nos suavemente, primeiro em tom de agrado e quando está já instalada então berra, grita, ecoa por cada quarto vazio da mente e em todas as galerias arruinadas do coração.
Das saudades não tenho saudades e se há algo que prefiro não reviver é a saudade.
Morra a saudade.
Saturday, June 30, 2007
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1 comment:
É inevitável, a saudade, não é?(O pior é quando temos saudades de quem não tem nossas)
Eu, às vezes, até tenho saudades do que não vivi. Parece estranho, mas não é...!
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