Enfrenta o medo, convida-o, não o deixes chegar de repente, inesperadamente, mas encara-o constantemente, busca-o com diligência e determinação. Não deixes os problemas criarem raiz. Passa por eles rapidamente, atravessa-os como se estivesses a cortar manteiga. Não permitas que eles deixem uma marca, acaba com eles assim que eles apareçam. Tu não podes evitar ter problemas, mas podes acabar com eles imediatamente.
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Saturday, May 26, 2007
Friday, May 25, 2007
Ouvir
Ouvir torna-se uma experiência enriquecedora se nos quisermos descobrir e compreender os outros. Ouvir não faz parte do domínio da audição, não são apenas as palavras que podemos ouvir mas também os pensamentos, o coração, a pele, os olhos, a alma. É tornarmo-nos parte integrante do que nos estão a dizer.
E porque não ser, também, capaz de ouvir tudo o que nos temos para dizer?
Um dia de chuva é sempre bom para ouvirmos, faz-nos sol cá dentro :)
E porque não ser, também, capaz de ouvir tudo o que nos temos para dizer?
Um dia de chuva é sempre bom para ouvirmos, faz-nos sol cá dentro :)
Thursday, May 24, 2007
Voluntariado
Ainda há quem pegue na sacola e vá fazer pela vida, principalmente pela vida dos outros.
Parabéns Maura, que Moçambique seja uma experiência longa e enriquecedora para todos!
Site da Humana...
Parabéns Maura, que Moçambique seja uma experiência longa e enriquecedora para todos!
Site da Humana...
A ouvir
Finalmente arranjei "Amores Imperfeitos" da Viviane - fabuloso!
Um misto de tango, fado, sem pretenções além do estilo próprio da cantora. A combinação é muito boa e original, vale a pena ouvir. Fica aqui o "Coração Despido" ao bom estilo francês:
Quando me abraças
Me agarras nos teus braços
Eu me desfaço
Em mil pedaços
Perco os sentidos
E já nada me prende à terra
E nos teus olhos
Mergulho tão profundamente
Que até me esqueço
De respirar...
Oh meu amor
Não me digas que não vais
Acender o meu desejo
Com o beijo prometido
Tenho o meu coração despido
E só me resta esperar por ti.
Um misto de tango, fado, sem pretenções além do estilo próprio da cantora. A combinação é muito boa e original, vale a pena ouvir. Fica aqui o "Coração Despido" ao bom estilo francês:
Quando me abraças
Me agarras nos teus braços
Eu me desfaço
Em mil pedaços
Perco os sentidos
E já nada me prende à terra
E nos teus olhos
Mergulho tão profundamente
Que até me esqueço
De respirar...
Oh meu amor
Não me digas que não vais
Acender o meu desejo
Com o beijo prometido
Tenho o meu coração despido
E só me resta esperar por ti.
"Reviver" o passado em Cannes
Está aí festival de Cannes e abriu-se em mim a janela da memória. Sempre gostei do festival mas, digamos que tenho um problema anacrónico. O festival que me lembro e sempre revejo nos recantos da memória, é o da revista Paris Match do meu avô, convenhamos, dos anos 60/70 de 1900. Lembro-me perfeitamente das fotos plenas de "glamour" da Brigitte Bardot ou da Sofia Loren, das polémicas de Polanski, Godard e Truffaut. Do tempo em que as fotos eram a preto e branco e do tempo em que as fotos as cores tinham grão, vem a memória e é bom lembrar-me das coisas com gosto. Este ano darei um pouco mais de atenção à actualidade para criar novas memórias.
Uma viagem até Cannes...
Uma viagem até Cannes...
Wednesday, May 23, 2007
Le Dormeur du val
C'est un trou de verdure où chante une rivière
Accrochant follement aux herbes des haillons
D'argent; où le soleil de la montagne fière,
Luit; C'est un petit val qui mousse de rayons.
Un soldat jeune bouche ouverte, tête nue,
Et la nuque baignant dans le frais cresson bleu,
Dort; il est étendu dans l'herbe, sous la nue,
Pale dans son lit vert où la lumière pleut.
Les pieds dans les glaïeuls, il dort. Souriant comme
Sourirait un enfant malade, il fait un somme:
Nature, berce-le chaudement: il a froid.
Les parfums ne font plus frissonner sa narine;
Il dort dans le soleil, la main sur sa poitrine
Tranquille. Il a deux trous rouges au coté droit.
Arthur Rimbaud
Accrochant follement aux herbes des haillons
D'argent; où le soleil de la montagne fière,
Luit; C'est un petit val qui mousse de rayons.
Un soldat jeune bouche ouverte, tête nue,
Et la nuque baignant dans le frais cresson bleu,
Dort; il est étendu dans l'herbe, sous la nue,
Pale dans son lit vert où la lumière pleut.
Les pieds dans les glaïeuls, il dort. Souriant comme
Sourirait un enfant malade, il fait un somme:
Nature, berce-le chaudement: il a froid.
Les parfums ne font plus frissonner sa narine;
Il dort dans le soleil, la main sur sa poitrine
Tranquille. Il a deux trous rouges au coté droit.
Arthur Rimbaud
Do surrealismo
Directamente influênciado pelo movimento "Dada" de Tristan Tzara, o surrealismo apareceu da cisão entre Tzara e André Breton.
Breton, teórico, escritor, assentou no inconformismo, na quebra de todas as barreiras que pudessem castrar o seu potêncial ou vontade.
Breton, teórico, escritor, assentou no inconformismo, na quebra de todas as barreiras que pudessem castrar o seu potêncial ou vontade.
A vida verdadeira está ausente, já dizia Rimbaud. Este será o instante a não deixar passar para a reconquistar. Em todos os domínios, eu penso que será necessário aportar a esta busca toda audácia de que o homem seja capaz.No surrealismo explora-se o inconsciente, o velado, a escrita mecânica, os símbolos e arquétipos. É arte que precisa ser vivida, analizada segundo o interior subconsciênte, compreendendo o detrás por detrás do espelho.
A Natureza é um templo onde vivos pilaresEm Portugal tivemos Mário Cesariny, que acabou por se separar do grupo surrealista de Alexandre O'Neil para formar o Grupo Surrealista Dissidente. Este paralelo com a dissidência de Breton apresenta-nos o espirito inconformista do movimento. A independência acima de tudo, a anarquia dos valores tradicionais.
Deixam filtrar não raro insólitos enredos
O homem o cruza em meio a um bosque de segredos
Que ali o espreitam com seus olhos familiares.
Charles Baudelaire a Breton
FidelidadeO arquétipo vive por si, o inconsciênte vive por si mas sem o homem, nenhum deles vive.
Porquê não se sabe ainda
mas ainda aos que amam o poeta porque ele lhes dá o
livro do não trabalho
e diz cor de rosa diante de toda a gente
mas lhe lêem o livro só nas férias
(entre trabalho e trabalho)
e à noite vão a casas dizer cor de rosa em segredo
a esses e ainda
aos que estudaram o problema tão a fundo
que saíram pelo outro lado
e armaram um quintal novo para as galinhas do poeta
porem ovos
e disseram ao poeta estas são as nossas galinhas que
tu nos deste
se elas não põem os ovos que amamos
matamos-te
e então o poeta vai e mata ele as galinhas
as suas belas galinhas de ovos de oiro
porque se transformaram em malinhas torpes
em tristes bichas operárias que cheiram a coelho
a esses e ainda
aos realmente explorados
aos realmente montes de trabalho
ou nem isso só rios
só folhas na árvore cheia do método árvore
Mário Cesariny
Tuesday, May 22, 2007
A importância dos coelhinhos
Os coelhinhos trazem sempre surpresas... e todas muito agradáveis, basta ver os coelhinhos da Páscoa. Do Egípto, o coelhinho representava o começo de uma nova vida, ou mesmo tinha uma conotação à Lua e aos estado anímicos relacionados com a esfera selenita.
Deviamos todos ter coelhinhos, de certeza que ficavamos mais bem dispostos e ternurentos :)
Deviamos todos ter coelhinhos, de certeza que ficavamos mais bem dispostos e ternurentos :)
Uma questão de ponto
Era um ponto. Tinha que ser ponto.
A tudo dava um ponto. E do ponto que era, do ponto partia e ao ponto chegava. Era um ponto e tudo terminava. Um. Dia. Tão. Infatigável. Como. Sempre. Era. Tudo. Parava. Era. Um. Ponto. Sem. Dúvida. E. Tudo. Tinha. Que. Dominar.
O. Ponto. Encontrou. Outro. P.O.N.T.O.
..
E.O.S.D.O.I.S.D.E.R.A.M.U.M.P.O.N.T.O.N.O.P.O.N.T.O.
...
A tudo dava um ponto. E do ponto que era, do ponto partia e ao ponto chegava. Era um ponto e tudo terminava. Um. Dia. Tão. Infatigável. Como. Sempre. Era. Tudo. Parava. Era. Um. Ponto. Sem. Dúvida. E. Tudo. Tinha. Que. Dominar.
O. Ponto. Encontrou. Outro. P.O.N.T.O.
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E.O.S.D.O.I.S.D.E.R.A.M.U.M.P.O.N.T.O.N.O.P.O.N.T.O.
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Monday, May 21, 2007
Desistir
"Tornar-se senhor do caos que se é"
Nietzsche
Olhar no espelho e o que ver?
Ver espelho?
Olhar num momento perder,
Adiado rosto de velho.
Olhar no coração e o que ver?
Ver sangue que pulsa?
Olhar na desilusão permanecer
E do próprio sentir repulsa.
Onde de onde, para onde?
Perder na palavra que morreu,
No pensamento que sonde,
Em nada se encontra o que outrora nasceu.
Nietzsche
Olhar no espelho e o que ver?
Ver espelho?
Olhar num momento perder,
Adiado rosto de velho.
Olhar no coração e o que ver?
Ver sangue que pulsa?
Olhar na desilusão permanecer
E do próprio sentir repulsa.
Onde de onde, para onde?
Perder na palavra que morreu,
No pensamento que sonde,
Em nada se encontra o que outrora nasceu.
Sunday, May 20, 2007
O Mistério da Estrada de Sintra
A adaptação d' “O Mistério da Estrada de Sintra”, para cinema, fez-se, a meu ver, com alguma leviandade no que toca à linguagem, principalmente dos actores mais novos. Além disso a sonorização continua pobre mas, para compensar, o cenário, o guarda-roupa e a iluminação, estavam bastante bem. Continuamos com algumas cenas de nudez, ao bom gosto da nossa escola francesa (e das actrizes seleccionadas) e com uma apresentação brilhante da Lisboa dos finais de século.
Ramalho Ortigão e Eça (na foto, respectivamente) começaram a publicação desta história em Julho de 1870 como sendo uma notícia verídica, iniciando um folhetim diário pleno de crimes, ameaças, duelos, sexo e intrigas, que apaixonaria os leitores do jornal durante esse Verão (mais ou menos como os jornais fazem hoje em dia). Mas como conclusão, até vale a pena ver.
Ramalho Ortigão e Eça (na foto, respectivamente) começaram a publicação desta história em Julho de 1870 como sendo uma notícia verídica, iniciando um folhetim diário pleno de crimes, ameaças, duelos, sexo e intrigas, que apaixonaria os leitores do jornal durante esse Verão (mais ou menos como os jornais fazem hoje em dia). Mas como conclusão, até vale a pena ver.
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