Wednesday, June 06, 2007
Sara Afonso
Já agora, a mulher de Almada - Sara Afonso, pintora. Vale a pena ler o artigo da Máxima sobre "Na arte e no amor" aqui...
Almada
Este ano não devo ir à feira do livro mas, como compensação, satisfiz-me plenamente com um belo livro do Almada Negreiros, que categoria...
Porquê tanta admiração por este "menino com olhos de gigante"?
É um artista fora dos parâmetros tradicionais, rebelde, inconformado, futurista. Publica o Orpheu, um verdadeiro escândalo para os parâmetros de um Portugal provinciano e, seguidamente, reage à peça Soror Mariana (apanágio do tradicionalismo), de Julio Dantas, com o Manifesto Anti-Dantas:
Na pintura não há igual, a criatividade, a expressão, a representação popular. Em cada traço sente-se uma cultura que é portuguesa, em cada cor a paisagem que de norte a sul apaixona e traz saudade. Almada, pintou as paredes brancas e extensas da ditadura com o simbolismo paradoxal da mesma.
"Eu sou o resultado consciente da minha própria experiência"
Porquê tanta admiração por este "menino com olhos de gigante"?
É um artista fora dos parâmetros tradicionais, rebelde, inconformado, futurista. Publica o Orpheu, um verdadeiro escândalo para os parâmetros de um Portugal provinciano e, seguidamente, reage à peça Soror Mariana (apanágio do tradicionalismo), de Julio Dantas, com o Manifesto Anti-Dantas:
Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!É a cisão definitiva com o marasmo vindouro de um século passado e um apelo à renovação (por acaso até gostei bastante da Ceia dos Cardeais do mesmo Dantas).
Abaixo o Dantas... o Dantas usa ceroulas.
Na pintura não há igual, a criatividade, a expressão, a representação popular. Em cada traço sente-se uma cultura que é portuguesa, em cada cor a paisagem que de norte a sul apaixona e traz saudade. Almada, pintou as paredes brancas e extensas da ditadura com o simbolismo paradoxal da mesma.
"Eu sou o resultado consciente da minha própria experiência"
Tuesday, June 05, 2007
The taming of the shrew
A gente vai continuar
Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
(convém sempre relembrar)
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
(convém sempre relembrar)
Monday, June 04, 2007
Algo de novo no Manel
Quando era mais novo não gostava de grão, agora gosto.
Quando era mais novo não gostava do Manoel de Oliveira, agora gosto.
Comecei pela "Viagem ao princípio do mundo", "Belle Toujours", "Non" e vai seguir o "Vale Abrãao". Gosto mais dos momentos fotográficos, dos pormenores que por si contam histórias, já tenho mais paciência para tentar perceber além do óbvio. O que sabe bem é perceber as mudanças :)
Quando era mais novo não gostava do Manoel de Oliveira, agora gosto.
Comecei pela "Viagem ao princípio do mundo", "Belle Toujours", "Non" e vai seguir o "Vale Abrãao". Gosto mais dos momentos fotográficos, dos pormenores que por si contam histórias, já tenho mais paciência para tentar perceber além do óbvio. O que sabe bem é perceber as mudanças :)
Sunday, June 03, 2007
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