Das primeiras coisas que me lembro de filosofia foi uma consideração sobre o que era uma cadeira. Será que vejo uma cadeira da mesma maneira que outra pessoa? Será que a cadeira tem a mesma cor, intensidade, valor, para pessoas diferentes?
Assim se aplica o conceito ao Homem, à pessoa.
Se olho para alguém, que olhos e inteligência uso para a ver e processar?
Não me posso ficar só pelo aspecto fisico, emocional, espiritual ou racional, não posso avaliar o todo pelas partes ou as partes pelo todo. Por isso, como não dizer que a ilusão não tem defeitos?
Um objecto de análise não terá defeitos na medida que em que não restrinja a minha capacidade de o análisar. Se usar tudo o que compõe a inteligência, ou seja, o aspecto emocional, espiritual e racional, então poderei ter uma abordagem de alguém que pode estar além da ilusão de uma só vertente do intelecto. Para além disso, devo ter sempre presente o factor mudança - tudo muda, a cada segundo.
A ilusão apenas existe na medida que permito que ela exista. Esta ilusão pode ser transposta para todas as situações que viva ou que idealize, seja um projecto ou seja amor. Não posso, no entanto, avaliar as coisas unicamente pelas experiências que tive, devo estar além de mim mesmo e além do que estou ou de quem estou a ver. É um exercício construtivo e bastante fácil, se nos soubermos abster das frustrações ou enganos passados e, essencialmente, devemos pensar e sentir por nós. Vale a pena experimentar.
Wednesday, June 27, 2007
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1 comment:
Bela consideração sobre o subjectivo. O que me leva a deixar-te(vos) uma questão, o que é essa coisa do "defeito" afinal? Isto daria matéria para um long post, aposto.
beijinhos
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