Saturday, August 04, 2007

Para Reflectir

Imaginem que não têm mais preocupações, que todos os objectivos estão cumprimos, que todas as coisas estão feitas, que tudo o que há é vosso. Imaginem que não há mais problemas nem conflitos, que não têm que cuidar dos outros, pais e filhos, que não têm mais responsabilidades, que tudo está resolvido.
O que de vocês fica?
Qual a razão de viver se tudo o que julgamos ser a nossa vida está vivido? E porque não estamos ainda satisfeitos?
Se este fosse o últimos minuto de vida, o que pensariam? O que desejariam?
Será a corrida a tudo o que é exterior o necessário para silenciar a necessidade interior? Que necessidade é essa?

Friday, August 03, 2007

Codex 632

Ao almoço falou-se disto, já com a conversa a resvalar e à noite leram-me as partes que tanto picante juntaram à conversa. Confesso que não li o livro porque destes temas já lá vão uns aninhos bem batidos de leitura, a diferença entre o que lia e o que agora é escrito é o Sexo!!!
Tive então uma leitura exemplar das partes, dignas componentes essenciais para venda, que rebuscavam algum rubor, se é que o houvesse. Melhor ainda, foi imaginar o zé rodrigues todo empenhado a escrever enquanto a sua mãe batia à porta - Ó Zé, porque tás de porta trancada? Ó Zé, olha aqui as bolachinhas, mas que barulhos são esses?
Pronto, para os que gostam de livros "à lá" Código Da Vinci sobreposto com o Sexus, então aproveitem :)

Fui possuido por um E.T.

Para quem me conhece vai achar tudo isto muito caricato.
Já há algum tempo que andava entusiasmado para comprar um relógio mais desportivo, não encontrei nada que me interessasse até que no fim-de-semana passado, na sport zone, me saciei. Não só comprei um como comprei mais outro e ainda uma toalha de praia cor-de-laranja e ainda mais uns tenis bem fresquinhos que vim a saber serem de marca que está na berra. Continuando a onda caricata, ontem comprei uma sacola da Jeep em tons cinzentos e azuis que combinava com o meu relógio novo. Quando me apercebi disto, ri-me e a valer.
Para quem me conhece, não se preocupem, apenas fui possuido momentaneamente por um E.T. e fui alvo de uma experiência estatística.

Thursday, August 02, 2007

Life beneath the Antartic Ice

Para quem gosta de boa fotografia, este trabalho de Norbert Wu é digno de ser apreciado, aqui na Time

Wednesday, August 01, 2007

Design Bubble blog

Para resolver a minha falta de execução como designer e também para partilhar o que "tenho" e o pouco que sei, lá criei mais um blog - :: Design-Bubble ::
Está orientado a designers mas nunca se sabe quando algo pode dar jeito a alguém :) principalmente nas secções de fotografia.
Ainda está no princípio e ainda não perdi muito tempo a configurá-lo, coisa que espero faze no fim-de-semana.

Tuesday, July 31, 2007

Desencontros

No Japão começam a abandonar a tradição da gueixa oficial, na China proibem os membros do governo de terem a "segunda mulher" ou concubina. Mas nada temam, no ocidente proliferam os Poliamores.
O conceito é interessante mas, por favor, nunca o associem a amor incondicional.
Será o poliamor a solução para pessoas que não conseguem viver de 1 para 1? Ou será apenas mais uma solução "light", tão em voga, para os problemas que têm? Se alguém diz que uma relação poliamorosa impede a rotina de cair na vida familiar então isso mais me parece uma incapacidade do casal lidar com a sua relação.
A vida é feita de vários momentos, podemos fazer analogia ao mar, temos a maré baixa e a maré alta, dias de mar calmo e dias de mar agitado mas como reagimos às marés e aos temperamentos do mar é uma questão interna. Não podemos, creio, cair nos facilitismos da procura exterior, qualquer dia acabamos por precisar de tantos estímulos que o melhor é ligarmo-nos a uma máquina porque já nada nos satisfaz.
É verdade que nesta geração estamos cada vez mais "ligados" ao mundo, procuramos cada vez mais os estímulos, queremos cada vez mais o que quer que seja mas será que paramos por um momento que seja, diariamente, para reflectir sobre o porquê da nossa procura?
Para mim basta uma relação amorosa e a relação que tenho com os meus amigos, são amores diferentes e complementares que enriquecem a minha vida. Acabo, assim, por não precisar de ter mais uma mulher ou quantas forem, não preciso de Poli, preciso é de Uni. Não preciso de dispersão mas sim de integação e união. É simples fugir aos problemas e colori-los com o acetato da leviandade no entanto, todos temos livre-arbítrio, felizmente.

A foto é do filme "Woman in love" de Karen Everett.
Sobre os Poliamores na Wikipedia
e os Poliamores de Nova York
Lá que são coloridos, são.

Desabafos

Não querendo parecer um dos célebres velhos dos marretas, cujo divertimento era falar mal dos outros, lanço aqui uma série de desabafos para evitar futuros impropérios.
Confesso que tenho que tirar um curso sobre o moderno comportamento cívico, para evitar futuros derrames de bilis.
No continente, estava para comprar uvas, já havia poucas, mesmo poucas mas de bom aspecto mas, um vetusto senhor, da célebre brigada do reumático, divertia-se a penicar aqui e acolá os restantes cachos que por lá havia. De mais, principalmente ao puxar um cacho para levar e observar uma série de membros ausentes e esse cacho não estava só, tinha uns quantos irmãos também desmembrados.
Depois, carregadissimo de leite e sacos não havia quem tivesse a amabilidade de, ao meter-se no mesmo trajecto que eu, conseguir desviar-se um pouco. Até tinham a doçura de olhar para o lado para não ter que desviar um pezinho e eu, a sentir-me um burro no meio de um palácio lá tinha que ir ao desvio para não incomodar ninguém.
Mais tarde, no trânsito, e como de costume, pude observar que já está fora de hábito quando um condutor consegue meter-se na faixa que quer, agradecer ao condutor que o deixou entrar. Agora mete-se e acabou e azar do outro se bater, porque ainda para mais vai bater por trás.
Com isto tudo e mais alguns pormenores, verifico que estou "démodé" e tenho mesmo que conseguir entrar na "onda" dos novos hábitos sociais.

Monday, July 30, 2007

Estou além



Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi

Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou.

António Variações