Tuesday, November 18, 2008

Lavazza

o calendário da lavazza... que bonito!!! Aqui...

Monday, November 17, 2008

A Estrela de Gonçalo Enes

Findo o Historiador, passei pela estante e vi que tinha "A Estrela de Gonçalo Enes" da Rosa Lobato Faria. Ora como já tinha lido os "Três Casamentos de Camilla S" e até tinha gostado, porque não experimentar. As primeiras 10 páginas, revelam um tratamento do português "arcaico" que aprecio bastante, nada como aprender expressões de tempos idos mas também interessante foi imaginar a autora a desenrolar, mentalmente, as cenas de "luxúria" e "pecado" que se foram descortinando num culminar óbvio :)
Se vale a pena ler? Daqui a uns dias já digo, pelo menos é relaxante.
Trata-se de uma obra leve e descontraída sobre a vida e aventuras de dois personagens quase esquecidos da História de Portugal, mais especificamente da época das descobertas. São personagens reais se bem que quase todo o enredo seja ficcionado.
Gonçalo Enes ficou na História pela descoberta das grutas de Tassili N’Ajjer.
Trata-se de um jovem órfão de pai nascido e criado na aldeia algarvia de Bensafrim. Encantado pela estrela Sirius, que o ilumina e encanta durante toda a vida, o jovem Gonçalo, desiludido por um amor impossível, abre o seu destino às incríveis aventuras do Império que El-rei D. Afonso sonhava construir. Pelas aldeis indígenas de àfrica, pelas cidades encantadas de Marrocos, pelas areias misteriosas do deserto, Gonçalo leva consigo o espírito de aventura e coragem que transformou este pequeno país num mundo inteiro de esperança e riqueza.
Fica, desta “estória”, o encanto de um tempo ido, em que a pobreza se enganava com sonhos grandes, do tamanho do Império. Um liuvro belo e fresco, descontraído, sem ambições mas que encanta pela extraordinária simplicidade e singeleza da escrita de Rosa Lobato Faria; uma escritora que tem o dom de encantar pela sua escrita simples e pura.
Gonçalo, mal-amado e desprezado, vive no sonho, mas um sonho que o faz feliz. A amizade, a camaradagem, a fidelidade ao sonho são valores que fazem dele um herói, mesmo que esquecido pela História, como tantos outros que, anonimamente, construíram as páginas mais brilhantes da nossa história.