Quedavam-se os dezassete anos e, no âmbito de história da arte, fizemos uma "performance". Era o novo contra o velho, era a ruptura, era o futurismo de Santa-Rita Pintor, Almada e outros que tais. Foi a parede pintada, também ao gosto futurista, e no vale interior do pavilhão, executamos a dança de uma peça teatral - LX90. Finda a actuação, todos em unissono, parafraseamos o Almada Negreiros... "Temos fome, filhos da p... Temos fome!". Escândalo.
Escândalo dos pais (até daqueles ausentes), escândalo dos professores até ditos progressistas, escândalo maior do conselho directivo, ao qual passamos a mensagem.
Foi um bom tempo...
O futurismo é um movimento que vive por si, que mata aqueles que nele estão e revive nos próximos que nele entram. Recicla-se e estará sempre presente. É o novo contra o velho, é o inconformismo contra as quatro paredes. Quando Marinetti o "criou" (ou melhor, o expressou), já sabia que contra si se iria virar e é esta a liberdade de criar - deixar a sua criação viver além das limitações do criador.
Wednesday, May 09, 2007
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