Naqueles tempos dos dezassete anos, pairava um idealismo marxista-leninista, debatiam-se as questões filosóficas e a vida tinha outro rítmo e cor. Ouvia-se o Zeca e lia-se Rousseau, Sartre, Camus e a arte era uma expressão do futurismo português. Mas quero deixar algo que sempre me acompanhou e que fez e continua a fazer todo o sentido.
Traz outro amigo também
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
(José Afonso)
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