Passados vinte anos consegui apreciar Beethoven, como o meu avô sugeria, reconhecendo, além do ruído inicial, a música que verdadeiramente é feita pela alma. De uma forma muito emotiva reforcei o meu sentido que a música não é unicamente matemática, que a criação vem do nosso mais profundo, que a humildade perante uma crítica é o valor que nos fará crescer incomensuravelmente e que um artista, assim o é, quando acredita na sua obra.
De Beethoven fica-nos para o futuro o hino da União Europeia (An die Freude ou Ode à alegria, último andamento da nona sinfonia), assim como o seu último quarteto "Grosse Fugue".
Este filme fez-me também meditar sobre a nossa obra de vida, sabemos qual é? Conseguiremos completá-la? Ouviremos os aplausos? Beethoven reconheceu que a surdez foi uma benção, permitiu-o passar a ouvir verdadeiramente o som e a compreender o silêncio.
Vale a pena ouvir mais atentamente, assim como também vale a pena ouvirmos o nosso próprio som.
Ficam os links para a Nona Sinfonia e para a Grosse Fugue.
Sunday, April 01, 2007
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1 comment:
Alguém me disse um dia que é pior perder-se a audição do que a visão, pois com os ouvidos conseguimos ver muito, muito mais do que com os olhos.
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