A maior das solidões passa-se, olhando sem olhar, estando sem em nada estar; Passa-se olhando as estrelas e preenchendo de interior tudo do que é feito o mar.
É ter chagas e cada dor aparecer, por cada dor que se cure; É querer falar sem ouvir nem ter que escutar; É perder as palavras por não encontrarem lar.
Na maior das solidões o tempo não passa; Passa a passar-se a dor que no ventre, nos pés e mãos em sangue todo o pensamento faça.
Esta ninguém sabe, ninguém vê, ninguém escuta; Passa a vida, passam as pessoas, não passa a dor que a cada dia me perscuta.
Monday, April 02, 2007
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1 comment:
Às vezes era bom que todas as dores produzissem som... Assim, se calhar seríamos menos severos nos nossos julgamentos e mais humildes na nossa prepotência.
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