Agostinho da Silva, perdão, Mestre e professor Agostinho da Silva. Ainda andava eu de fraldas, no que toca aos interesses de uma cultura cultivada, e deparo-me com um senhor... um Senhor. Falava de uma forma estranha, arcaica, com um sotaque marcado, de gestos que desenhavam no ar a sabedoria que tinha. Nunca lhe vi um traço de soberba mas todo um ser que soube ser.
Comecei a compreender o que era o sebastianismo, o quinto império, comecei a compreender o que era Portugal e o que era ser português, por um homem que era tudo isso. Passados anos, com a semente germinada e mais um dinheiro no bolso, agarrei o "Diário de Alcestes" e por esses anos fora fui adquirindo a sua obra. Com todo esse conhecimento, que há que reavivar, fui crescendo como pessoa. Há sementes tão fortes que até no mais duro solo germinam. De resto, fica um grande obrigado a alguém que é digno de honras e memória.
“Crente é pouco, sê-te Deus
e para o nada que é tudo
inventa caminhos teus”
Agostinho da Silva, Uns Poemas de Agostinho
Wednesday, May 16, 2007
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1 comment:
Uma das coisas que dele mais me ficarou na memória foi a expressão, relativamente a Portugal: "Não somos Deuses. Mas temos a obrigação de o ser!". E de facto devíamo-nos, pelo menos, ter em mais elevada consideração.
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