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Ele olhava-a, agora, atentamente. Os seus olhos reflectiam interrogação, quiçá, carinho. Estavam de frente um para o outro, o beijo era esperado a qualquer altura, o abraço tornar-se-ia longo, aquecido pelo desejo despertado a sabores de vinho. O seu braço estendeu-se e ela não estava lá.
Olhando, mais atentamente, ela era etérea, fugaz, um reflexo no vidro que produziu toda a história em que quis acreditar. Na verdade, nenhum dos dois se conheceu, tudo era uma coreografia de salas opostas, que por algum acaso resultou. Ela estava sentada ao meu lado, não me lembro do seu nome.
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